Com o mau tempo chegou a temer-se o pior, mas a determinação dos melhores atletas de BTT downhill do Planeta acabou por ser mais forte. Os pisos escorregadios elevaram ainda mais a fasquia do Nissan Lisboa Downtown, permitindo muitas surpresas. A maior foi sem dúvida a vitória de Paulo Domingues “Amarelo”, o primeiro português a vencer a competição.
Com o mau tempo que assola toda a região da Grande Lisboa, chegou a temer-se o pior. A chuva veio elevar ainda mais o grau de dificuldade do percurso do Nissan Lisboa Downtown, na alucinante descida entre o Castelo de São Jorge e o Largo do Terreiro do Trigo. Mesmo assim, e apenas com algumas alterações no programa, fez-se a festa em Alfama – naquela que foi a primeira edição molhada deste clássico do desporto da Capital.
Embora todas as atenções recaíssem naturalmente sobre os atletas mais cotados, com destaque para o britânico Steve Peat – o Campeão do Mundo de Downhill que já venceu por oito vezes o Nissan Lisboa Downtown – a menor aderência verificada nas ruas, escadas e saltos acabou por criar espaço para muitas surpresas. Com algumas quedas mais ou menos aparatosas à mistura, as emoções dispararam a cada descida.
Sem dúvida a grande figura do dia, Paulo Domingues – de 30 anos – acabou por ser o mais rápido – vergando assim os “monstros” sagrados do BTT internacional, um facto inédito; “Nem acredito que bati os melhores do Mundo, ainda estou incrédulo! Na verdade vinha cá lutar pelo título de melhor português e saio pela porta grande, parece até um sonho sobretudo porque sou amador e eles profissionais”. Amarelo (Team Biciplus Sportcity/CM Sesimbra), como é conhecido no meio do BTT, desceu os cerca de mil metros do traçado em 1:46.122 minutos. O pódio ficou completo, respectivamente, com o Eslovaco Filip Polc (MS Evil Racing) e o sul-africano Greg Minnaar (Santa Cruz Syndicate).
Fernando Figueiredo, o organizador do Nissan Lisboa Downtown (Extreme Conteúdos), faz o balanço desta 11ª edição; “O mau tempo complicou tudo e fomos obrigados a alterar o programa, mas o mais importante é que conseguimos ir em frente e apesar das quedas não há registo de lesões graves entre os atletas. Além disso, destaco a presença significativa de público – que mesmo de guarda-chuva em punho não arredou pé!”.