4.4.2 Em caso de igualdade de pontuação na Classificação Geral da Taça de Portugal, os corredores serão desempatados em função do maior número de primeiros lugares, segundos e assim sucessivamente. Se ainda assim se mantiver o empate, o critério a utilizar será o número de licença mais baixo.
Guimarães acolheu a 6ª e última etapa da Taça de Portugal de DownHill, num fim-de-semana decisivo para algumas categorias, em principal em Elites com a disputa acesa entre Cláudio Loureiro e Emanuel Pombo.
Guimarães já nos tem habituado a excelentes e exigentes percursos no DownHill nacional, mas este
ano confirmou que a cidade berço, não só dispõe de condições singulares para receber tal evento, como também os Vimaranenses e atletas locais são os principais responsáveis pelo ambiente e por grande parte do sucesso desta prova.
Marcaram presença no sábado 276 atletas no entanto muitos deles não conseguiram marcar presença no domingo, fruto de muitas lesões e problemas mecânicos que este exigente percurso provocou constantemente à maioria dos pilotos. Um dos muitos lesionados acabou por ser o campeão nacional de juniores José Borges que partiu a clavícula numa das zonas mais técnicas do percurso ainda no dia de treinos.
Na classe de promoção, João Vigário era um dos favoritos e logo na primeira manga mostrou superioridade para os seus adversários ao conseguir uma vantagem de cerca de 2seg. para José Ferreira. Na 3ª posição surgia Daniel Pinto. Na 2ª manga, Vigário teve problemas mecânicos e não consegue melhorar. José Ferreira também não melhora, mas aparece Mário Jordão com um tempo bastante melhor que na primeira manga a alcançar o tempo de 4:28, no entanto insuficiente para bater o tempo de Vigário.
Em cadetes, a luta adivinhava-se intensa pelos lugares cimeiros. No entanto na primeira manga, Frederico Pereira (Campeão Nacional e vencedor da Taça de DHU) consegue o melhor tempo da primeira manga por escassas 4 centésimas (0,04seg.) em relação ao seu mais directo adversário Leandro Salgueiro. Nicolau Correia também com uma excelente descida, ocupava a 3ª posição provisória. Para a segunda manga, adivinhavam-se melhores tempos dada a competitividade da classe, e os 3 primeiros classificados deram o seu máximo e todos eles melhoraram os tempos. Nicolau tira 7seg. ao seu tempo anterior, mas Salgueiro também acabou por baixar o seu tempo 6 seg. e colocava-se na liderança da classe. Faltava Frederico (kiko) que também com uma excelente descida acabou por baixar muito o seu tempo, insuficiente para alcançar a vitória, mas suficiente para ocupar o segundo lugar mais alto do pódio. Leandro Salgueiro acabou por fazer a dobradinha, e depois de conquistar o Campeonato Nacional de DH em Ribeira de Pena, ganha também a Taça de Portugal, no ano que se despede da categoria de Cadetes.
Em Femininas, de salientar pela NEGATIVA a ausência em peso de muitas atletas, com a presença apenas Daniela Costa e Áurea Agostinho. Nesta categoria infelizmente pouco há para contar… apenas podemos repetir e confirmar a superioridade e evolução constante de Áurea que fez um brilhante tempo de 5:02 que a colocou a metade da tabela geral!!! Sem dúvida que a evolução e vontade desta atleta tem sido impressionante, e que merece a conquista da Taça com todo o mérito. Daniela Costa, apesar de não ter hipóteses de conseguir lutar pelo primeiro lugar, merece ser felicitada pela evolução óbvia desde o início da época e pela coragem que teve ao enfrentar uma prova com este nível de dificuldade. Deixamos o apelo às atletas femininas, no sentido de não deixarem de comparecer às provas pois a presença feminina é, e tem sido, um excelente meio de divulgação da nossa modalidade.
Em Master 40, João Estêvão (Pirata) destacou-se claramente da concorrência na primeira manga. No entanto Rui Portela e José Salgueiro melhoraram bastante na segunda manga, no entanto insuficiente para ameaçar a liderança. Ocuparam assim a 2ª e 3ª posição do pódio com a vitória indiscutível de Estêvão. No final da Taça João Estêvão sagrou-se vencedor da Taça, com 5 vitórias e um 2º lugar na contagem geral.
Em Master 30, adivinhava-se muita luta na disputa pela primeira posição. A principal ausência era Pedro Pinto. Rui Gonçalves, actual Campeão Nacional, Adolfo Silva e Miguel Guedes eram favoritos. O atleta do Team Haro Sram, sofreu uma aparatosa queda logo na primeira manga que lhe fracturou 2 ossos no pulso direito e o retirou pela luta da sua categoria. Adolfo mostrou-se muito forte, e logo na primeira manga liderava. No entanto o tempo seria insuficiente para garantir uma vitória e na segunda manga acabou por ser bastante melhor baixando o seu tempo em 18seg. Rui Gonçalves afastado da luta na primeira manga devido a um furo acabou por conseguir na segunda manga fazer um bom tempo, apenas suficiente para a 2ª posição final. António Camilo fez um excelente tempo e alcançou o 3º lugar do pódio. Na pontuação final, Adolfo foi o melhor e acabou por ser o justo vencedor da categoria.
Em Juniores, e já sem “Zé Manel” na disputa pela categoria, a luta seria entre Joel Ferreira, Bruno Deffense, Luís Ferreira e o atleta local Ezequiel Martins. Na primeira manga, Joel, Deffense e Ezequiel posicionavam-se uns atrás dos outros respectivamente com os melhores tempos da Geral, que acabariam por ser a 3ª, 4ª e 5ª posição da Geral respectivamente. No entanto Luís Ferreira prometia melhorar o seu tempo, e apesar de baixar 10seg. ao tempo da primeira manga, acabou por não ser suficiente para alcançar os 3 primeiros lugares da categoria. Ezequiel chegou à meta com um tempo de 10m devido à queda de Hélder Padilha, mas o mesmo piloto pôde repetir a descida, e nessa nova oportunidade, o atleta local baixou o seu tempo em quase 4 seg. e passava para a liderança da classe. Deffense não melhorou e Joel confirmaria a vitória de Ezequiel com um tempo idêntico ao da primeira manga. Desta forma Ezequiel Martins logrou a primeira vitória numa prova da Taça de Portugal, e logo à frente do seu público. Deffense acabou por se sagrar vencedor da Taça sendo o atleta mais regular ao longo da época.
Na categoria de Elites, o vencedor da Taça decidia-se nesta última etapa. Cláudio chegava a Guimarães com 3 vitórias e 2 segundos lugares, e Emanuel Pombo com 2 vitórias e 3 segundos lugares. No entanto Cláudio estava com vantagem em caso de vitória de Pombo, pois em caso de empate a vitória seria para o atleta que tivesse a licença mais antiga. Critério este que já começou a gerar controvérsia na decisão destas situações.
Quanto à prova em si, logo na primeira manga se destacaram Pombo e Loureiro, com este último a levar a melhor sobre o atleta madeirense com 1,3seg de vantagem. Na 3ª posição e a mais de 12 seg. aparecia Hélder Padilha seguido de Ivo e Daniel Pombo. Nesta primeira manga ficou-se com a sensação de uma enorme diferença de andamento dos primeiros classificados para os restantes atletas. Na segunda manga, Ivo melhora apenas 0,2seg. e Renato aparece com um tempo bastante bom e ocupa a 4ª posição da categoria. Hélder Padilha, vinha decidido na segunda manga a melhorar em muito o seu tempo, e ao entrar no Road Gap a pedalar, acabou por saltar mais que o aconselhado, acabando por ter uma aparatosa queda na recepção que lhe valeu uma clavícula partida e bastantes escoriações. Emanuel Pombo, como ele próprio disse, fez uma das descidas mais loucas da sua vida, e valeu-lhe alcançar a primeira posição com a vantagem mínima de 6 centésimos de segundo sobre Loureiro que não conseguir melhorar depois de embater com o ombro numa árvore na parte inicial do percurso.
Desta forma estes dois atletas acabaram com igualdade pontual, que no final foi desempatada com o critério do regulamento oficial, acabando por sagrar loureiro o vencedor da Taça com os mesmos pontos de Pombo. Loureiro afirmava no final não ter ficado satisfeito por se ter sagrado campeão nestas condições, pois teria preferido afirmar a sua superioridade com uma vitória nesta etapa. No entanto isso não foi possível e a Taça foi mesmo para Loureiro para total desalento de Emanuel Pombo.
Desta forma concluiu a Taça de Portugal de DH em 2007, com muita competitividade em várias categorias e com muitas novas promessas para a nova época de
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